segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Concepção e Implementação do CBA numa Empresa de Construção Civil e Urbanismo

Concepção e implementação do método CBA numa empresa de construção Civil e Urbanismo

Dissertações de Mestrado


Autor: José Félix dos Santos Rebelo
Orientador: Prof. Dr. José Maria Azevedo Rodrigues

Considerações Finais do Trabalho.


O CBA é um método que foi divulgado por Johnson e Kaplan em 1987. Apesar de ser um método muito recente, a sua aceitação, mais ou menos generalizada a nível internacional, deveu-se, por um lado, à lógica implícita do conceito e por outro, às grandes distorções evidenciadas na afetação dos custos indiretos que os sistemas tradicionais de custeio têm vindo a revelar.
A maioria dos seus defensores considera-o como o método mais eficaz para se obter, com alguma precisão, os custos de produtos ou serviços. 
A filosofia do modelo assenta nas seguintes etapas:
  1. Identificação das atividades e recursos;
  2. Afetação dos recursos às atividades com base no consumo;
  3. Afetação do custo das atividades aos objetos de custo através dos geradores de custo, os quais representam o consumo de atividades feito por cada produto.
Os sistemas tradicionais de imputação de custos baseiam-se no pressuposto de que os custos indiretos são originados pela produção e pelas vendas, adotando critérios de imputação erradamente escolhidos e que conduzem, frequentemente, os gestores à tomada de decisões prejudiciais às organizações.
O CBA surge assim como a solução para estes problemas, pois além de permitir obter custos mais precisos, conduz a uma análise de rendibilidade dos clientes que não é possível fazer-se através dos métodos tradicionais. Por outro lado, as atividades identificadas pelo CBA podem pertencer a mais que um departamento, permitindo uma afetação dos custos mais equitativa pelos mesmo, o que pelos métodos tradicionais não é possível ou então existem grandes dificuldades. 
Outro dos pontos fortes do CBA é a sua capacidade para determinar as atividades que criam ou não valor acrescentado, ou seja, identificar quais as atividades que acrescentam ou não valor ao produto. As atividade sem valor acrescentado podem ser reduzidas ou eliminadas sem colocar em causa a qualidade e os valor acrescentado apar o cliente, permitindo, desta forma, reduzir os custos dos produtos.


Obras da rodovia AM-070 estão paradas, com previsão de serem concluídas só em 2018

Obras da rodovia AM-070 estão paradas, com previsão de serem concluídas só em 2018

Obra da AM-070 deveria ficar pronta no primeiro semestre deste ano, mas a empresa ganhou mais 22 meses para concluir os serviços (Foto: Sicop/Divulgação)

Obra da AM-070 deveria ficar pronta no primeiro semestre deste ano, mas a empresa ganhou mais 22 meses para concluir os serviços (Foto: Sicop/Divulgação)

A obra de duplicação da rodovia Manoel Urbano, a AM-070, que liga Iranduba a Manacapuru, está paralisada desde dezembro de 2015, conforme informações do Sicop (Sistema Integrado de Controle e Gestão de Obras Públicas), com apenas 25,6% do serviço entregue.
Em imagens
As primeiras fotos da duplicação da AM-070 foram publicada em abril de 2013 e, as últimas, em setembro do ano passado, quando ocorria uma abertura de trecho mecanizada na rodovia estadual. A obra inclui levantamento topográfico, compactação, drenagem com assentamento de tubulação, construção de bueiros, pintura de faixa, pavimentação, entre outros serviços.
O demonstrativo, denominado Mapa de Obras, aponta que do valor total, R$ 125,3 serão aplicados no trecho da estrada que faz parte do território de Iranduba. Os outros R$154,2 milhões, serão aplicados na duplicação da parte da estrada pertencente a Manacapuru. O documento mostra, ainda, que não há previsão de entrega da obra, cuja responsável por fiscalizar é a própria Seinfra.



Análise Financeira da Expansão da Transamazônica

ANÁLISE FINANCEIRA DA EXPANSÃO DA TRANSAMAZÔNICA
De acordo com o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental de Projetos de Grande Vulto (2009, DNIT), são analisados alguns critérios de forma a demonstrar as despesas e receitas que afetam o setor público geral. Assim para o nosso estudo utilizaremos somente alguns dos critérios adotados, entre eles: Gastos com implantação, gastos com operação, receita e tempo de recuperação dos custos financeiros.
Gastos com Implantação e Operação
De acordo com informações concedidas pelo Engenheiro Civil Edson Moreira Cavalcante do DNIT em relação ao EVTEA da BR-230/AM, em especial do trecho entre Lábrea e Benjamin Constant ainda está em fase inicial assim não possui dados relacionados a tal critério, logo não possui os custos de implantação e operação de determinado trecho. E em relação aos trechos estratégicos (Humaitá-Lábrea no Amazonas e Marabá-Altamira no Pará) serão calculados os custos de implantação e operação dos mesmos, em seguida da reforma e construção da rodovia até Lábrea e por último até Benjamin Constant. De Acordo com os Custos Médios Gerenciais do DNIT de Março/2015.
Para efeito de comparação com o cenário atual foi contatado o Engenheiro Schramm Gonzalez, também professor voluntário da UFAM, da empresa MCW Construções, uma empresa com experiência no ramo de implantação e pavimentação de estradas do interior do Amazonas.
Entre as atribuições adquiridas por Giovanni acerca da Pavimentação e Implantação, tem-se:
Pavimentação por km: 464.312,50
- Largura da Pista 3,50 km
- 5 cm de revestimento Asfáltico
- Pista de Rolamento 7 km
- Acostamentos de 1 m
Em relação a implantação:
Implantação (Revestimento Primário) por km: Entre R$1.800.000,00 e R$2.000.000*.
Tabela 1 – Custos Médios Gerenciais de Janeiro de 2015. Fonte: DNIT.
Para efeito de comparação foi adotado a tabela de Custos Médios Gerenciais de Janeiro de 2015:
No quesito sinalização, também baseou-se neste, o custo de sinalização por km:
Em relação aos trechos estratégicos:

Tabela 2 – Trechos Estratégicos Quilometragem e Relação Pavimentação Implantação e Pavimentação.

Sendo:
P - Pavimentado.
I - Implantado.
SP - Sinalização Precária.
No quesito sinalização, também baseou-se neste, o custo de sinalização por km:
Tabela 3 – Custo de Sinalização por km. Fonte:DNIT
No anexo A está tabelado todos os trechos da Região Norte juntamente, com suas respectivas situações. Assim resumidamente obteremos a seguinte tabela:
Tabela 4 – Custos em relação às alternativas propostas.
Apresenta-se juntamente com os custos o Coeficiente de Variação de Pearson demonstrando uma baixa sensibilidade nos dados obtidos (9,02%).
Receita e tempo de Retorno Financeiro
Para o cálculo da receita é necessário calcular a demanda futura de tráfego. Assim estudaremos o tráfego da rodovia baseando por outras duas grandes rodovias da região a BR-174 e BR-163 e trabalharemos somente com veículos de carga dos tipos A, B e H (Caminhão de 2 eixos, 3 eixos e 9 eixos) que são os mais comumente usados nessa rodovia. A seguir serão demonstradas tabelas da especificação de veículos e respectivas percentagens em relação as rodovias.
Tabela 5 – Tipos de veículos em suas respectivas siglas


Tabelas 6 e 7 – Porcentagem de Tráfego Médio BR-174 e BR-163.

Observa-se por critério de escolha e proximidade com os trechos estratégicos utilizou-se os tipos de veículos A, B e H. Tomando como análise de estradas de tipos arterial e admitindo-se somente os veículos destacados e o baixo tráfego adotou-se uma média de 500 veículos por dia (referente ao somatório do volume de tráfego da BR-174 e BR-163 no meses de março de 2016). E de acordo com o Livro Avaliação Econômica dos Projetos de Transportes de Hans A. Adler a melhora técnica da rodovia produz a cerca de R$0,24 centavos em relação as despesas veiculares. Assim:

Tabela 10 – Valor do Benefício, Período de Retorno e Fluxo de Caixa Financeiro.

Sendo:
Valor (R$) – Benefício = (Tráfego*Distância*365*0,24*(1,12^Anos de obra))
Período de Retorno financeiro (anos) = ((Fluxo do caixa financeiro/Valor do benefício) + Anos de obra).
Fluxo de caixa financeiro = (Custo de Obra (DNIT) – Valor do Benefício)

Destaca-se que os cálculos tomou-se base do aumento de 12% por ano numa escala de progressão aritmética, ressalta-se também que nesse cálculo não foi calculado as correções monetárias nem correções salariais.
Para acesso aos Tabela na íntegra dos custos médios gerenciais do DNIT. Acesse:


domingo, 28 de agosto de 2016

Ônibus com alunos e servidores do IFRO tomba na BR-319

Um ônibus, dos três que transportavam 98 estudantes e 12 servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), tombou no início da manhã desta sexta-feira (26), na BR-319, a 280 quilômetros de Humaitá (AM). Seis pessoas ficaram feridos. Assustados, os alunos enviaram mensagens por celular para as famílias em Porto Velho informando o ocorrido. Professores também tentaram acalmar os pais e a direção da unidade por mensagem de celular. Segundo as mensagens, a maior preocupação era com o motorista do ônibus. Não há informações sobre o estado de saúde dele.

O grupo seguia para disputa Manaus onde acontece a competição dos Jogos dos Institutos Federais Etapa Norte (Jifen). A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da instituição.

Segundo o órgão, três ônibus saíram de Porto Velho na tarde de quinta-feira (25) com alunos e professores dos campi de Ariquemes e Porto Velho Calama. Todos os alunos e servidores passam bem, seis deles tiveram escoriações leves e foram levados para a unidade de saúde da cidade de Careiro, Hospital Deoclécio dos Santos, para atendimento e já foram liberados. Três alunas seguiram para exames complementares em Manaus e já estão sendo atendidas.

Ainda de acordo com o IFRO, os pais dos alunos foram imediatamente avisados do acidente e a instituição está prestando todo o apoio e suporte para os alunos, servidores e familiares. O IFRO também está apurando as causas do acidente. A viagem até Manaus foi feita pela empresa Aruanã Transportes, que enviou outro carro para levar os estudantes ao destino final.

Todos os alunos já chegaram à Manaus. A participação na competição segue normalmente, os atletas do IFRO participarão do Jifen e retornam a Porto Velho no dia 1º de setembro.

Em nota publicada no site oficial, o IFRO lamentou o ocorrido e agradeceu o apoio prestado pela Força Aérea Brasileira (FAB), pelo Corpo de Bombeiros de Rondônia e pela Casa Civil do Governo do Estado de Rondônia que prontamente auxiliaram para assistência dos alunos e servidores, e também ao Instituto Federal do Amazonas (IFAM), que disponibilizou carros de suporte e também estão prestando apoio aos estudantes.

Dnit diz que manutenção na BR-319 será retomada na próxima semana


Órgão está autorizado a realizar apenas reparos em trechos da rodovia. Ainda não há liberação para realização de recapeamento da rodovia federal.




08/04/2016 08h00 - Atualizado em 08/04/2016 08h00

Recuperação de pontes serão primeiros serviços retomados (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Os serviços de manutenção e conservação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, devem ser retomados a partir da próxima semana. A previsão foi divulgada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), nesta quinta-feira (7). As intervenções na rodovia foram embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e liberadas no dia 4 deste mês. Em outubro de 2015, o Ibama embargou os trabalhos de manutenção no trecho de cerca de 400 quilômetros da BR-319, entre os quilômetros 250 e 655,7 (Humaitá-Manaus), após constatar indícios de iregularidades.
O superintendente do Dnit no Amazonas, Fábio Porto Galvão, disse que, com a liberação da licença ambiental, o órgão iniciou um planejamento para retomada dos serviços de manutenção e conservação do trecho central da rodovia.
"Estamos nos reunindo com as empresas contratadas já com intenção de mobilização de equipamento e pessoal de forma urgente para que a partir do início da semana que vem possamos reiniciar a execução do serviço de reforma das pontes de madeira e também melhorar os desvios, que estão muito precários", informou Fábio Porto.
O Dnit prevê que dentro de 40 dias, quando o período chuvoso reduzir, os serviços sejam intensificados na pista. "Assim que o período chuvoso acabar vamos entrar com a execução dos serviços de manutenção da pista de rolamento propriamente dita", explicou superintendente.
Os serviços de manutenção e conservação na BR-319 são contínuos e não têm prazo para encerrar. O mesmo trecho de 400 km recebeu os trabalhos em 2014 e 2015. Dentre os procedimentos permitidos estão: retirada de atoleiros, reforma de pontes de madeira, substituições de bueiros existentes, limpeza lateral e execução de revestimento primário da pista.
Ainda não há liberação para realização de recapeamento da rodovia federal, que depende de novos estudos ambientais. "Essa licença ambiental foi expedida para que o Dnit pudesse executar serviços de manutenção. Não existe a possibilidade de o Dnit executar obras de pavimentação ainda. As obras de pavimentação estão na dependência conclusão da elaboração do Eia/Rima [Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental]", esclareceu Fábio Porto.
Condicionantes De acordo com o Instituto, a licença expedida para manutenção do trecho central da rodovia é valida por um ano a partir da data de emissão. O documento traz recomendações ao Dnit. Entre elas, que não sejam autorizadas intervenções nas Unidades de Conservação. Foi determina, ainda, a instalação, em até 12 meses, de dois postos de monitoramento e segurança no início e no fim do trecho, de forma a se implementar e ampliar a fiscalização do local; pede, no prazo de 45 dias, um cronograma de execução, atualizado, dos serviços de recuperação, entre outras medidas.
"O Ibama, mediante decisão motivada, poderá modificar as condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar esta licença, caso ocorra: violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais;
omissão ou falsa descrição de informações relevantes, que subsidiaram a expedição da licença; ou graves riscos ambientais e de saúde", diz um trecho da decisão do Ibama.


Fonte: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/04/dnit-diz-que-manutencao-na-br-319-sera-retomada-na-proxima-semana.html

Execução do Trabalho - Rodovia BR-319

Para realização do presente trabalho, preliminarmente foi necessário que nos informássemos sobre profissionais ou especialistas com conhecimento do tema de reestruturação da rodovia Br-319, suas vantagens socieconômicas, ou suas desvantagens ambientais e licenciamentos e ações necessárias para sua revitalização, e que se despusessem a se reunir conosco para nos dar auxílio em alguns aspectos do trabalho.
Ao longo da execução do trabalho pudemos ter contato e entrevistar profissionais de diferentes áreas que fazem trabalhos com o tópico da BR-319.
O primeiro deles foi o professor de geografia formado pela Universidade Federal do Amazonas Thiago Oliveira, que pode conversar conosco sobre seus artigos publicados acerca do tema, discutindo geopolítica rodoviária na Amazônia, e nos forneceu o fácil acesso a Relatórios de Impacto Ambiental do DNIT.
Entrevistamos também o mestrando Saymon Erickson, formado em engenharia da computação pela Universidade Federal do Amazonas, e que atualmente realiza seu mestrado na UFAM. Tivemos a oportunidade de debater com Saymon as vantagens socieconômicas da reestruturação da BR, além de discutirmos as possíveis alternativas de combinação intermodal a serem utilizadas na Amazônia.
Encontramos dificuldades no quesito de marcar reuniões com o superintendente do DNIT, Fábio Galvão, devido a seus curtos horários livres, e ainda o conflito entre nossos horários disponíveis e os dele. Entretanto, pudemos ter contato com ele durante a palestra por ele ministrada na II Semana de Engenharia Civil. Entretanto, após reuniões marcadas e desmarcadas por conta de imprevistos, conseguimos ao menos uma nota técnica fornecida pelo superintendente do DNIT onde constavam importantes informações para serem agregadas ao nosso trabalho.
Foi um pouco mais difícil também conseguir dados de empresas transportadoras, pois foi mais complicado entrar em contato, e algumas forneceram dados de alguns custos, porém não permitiram ser identificadas pelo nome.

120 bikes compartilhadas em universidade gaúcha

As bicicletas compartilhadas são disponibilizadas em Universidade Gaúcha gerando mais mobilidade dentro do campus para funcionários, alunos e professores.

Problemas em aeroportos e preço do querosene fazem AM perder voos

Problemas na estrutura de aeroportos no interior do Amazonas têm colaborado para isolamento aéreo de pequenas cidades no estado. Em cinco anos a Azul Linhas Aéreas retirou nove municípios das rotas da empresa. Outro aspecto que prejudica a logística na região é o preço do querosene.

De acordo com a companhia, nos últimos anos foram interrompidas rotas para Barcelos, Coari, Eirunepé, Fonte Boa, Humaitá, Santa Izabel do Rio Negro, Lábrea, São Paulo de Olivença e São Gabriel da Cachoeira.

 "Na maior parte dessas cidades a Azul tinha o ATR-42 e esse é um avião que foi ficando idoso, difícil de substituir e a gente acabou optando por tirá-lo da frota. E nenhum desses aeroportos tinha condições de suportar um avião um pouco maior, que era o ATR-72. A pista não suportava", explicou. A pista era só um dos problemas dos aeroportos, segundo Bento. "Invasão de área por animais e população indígena, falta de equipamento de meteorologia, falta de canal de inspeção", enumerou Bento.


 O presidente da companhia, Antonoaldo Neves, também comentou outros problemas enfrentados para levar novas rotas ao interior Amazonas. "A gente entende e concorda com a filosofia do governo que não é para dar subsídio, mas, enquanto não abaixar o preço do querosene, não vai ter mais voo na Amazônia Legal. Não tem motivo para o querosene no interior ser cinco vezes mais caro que em São Paulo", afirmou.

Ler mais em: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2016/06/problemas-em-aeroportos-e-preco-do-querosene-fazem-am-perder-voos.html

sábado, 27 de agosto de 2016

DADOS TÉCNICOS DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA NA REGIÃO NORTE



Segundo o DNIT (2016), a BR 230, na região norte, possui 133,2 km de rodovia implementada no estado do Tocantins, 1569,5 km no Pará e 831,6 km no Amazonas. Totalizando, assim, 2534,3 km de rodovia. Fazendo-se um paralelo das condições técnicas atuais evidenciadas nos trechos que compreendem esses três estados, pode-se observar um nítido descaso estrutural da rodovia à medida que ela adentra a região norte. A seguir serão apresentados dados, disponibilizados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura, relativos às condições atuais da rodovia nesses três estados.
TOCANTINS
Nos primeiros quilômetros da Transamazônica que compreendem a região norte os registros técnicos são animadores. Em todos os 133,2 km de rodovia implementada no Tocantins verifica-se a rodovia nas condições da superfície, a pista inteiramente pavimentada, presença de acostamentos bem regulares, sinalizações verticais e horizontais em bom estado de conservação e sem retenção de fluxo devido às condições do pavimento. A única premissa negativa da situação desse trecho da BR 230 fica por conta da inexistência de postos de fiscalização de carga voltados para preservação da vida útil do pavimento; que, aliás, não é verificado em nenhum dos trechos abordados neste trabalho.
PARÁ
No Pará a situação verificada começa a evidenciar parâmetros que sugerem preocupação. Nos primeiros 119 km já se percebe a inversão do panorama anterior; 12 km em revestimento primário, 107 km pavimentados, sem especificação de acostamento, com pequena redução da velocidade de tráfego devido às condições do pavimento e sinalizações horizontais e verticais apresentando problemas de visibilidade e legibilidade. Do trecho que compreende a entrada para cidade de Marabá (km 119) até o rio Cajazeiras (km 194,7) as condições verificadas seguem as mesmas proporções verificadas nos primeiros 119 km, embora, com atividades de manutenção sendo realizadas.
Do km 194,7 ao km 391 a pista possui sua superfície completa em revestimento primário, sem presença de sinalizações horizontais, com sinalizações verticais regulares, sem presença de acostamentos, com trafegabilidade reduzida devido as condições do revestimento e da presença de vegetação caída na pista e registro recente de colapso de uma ponte de madeira. Em nota, o DNIT explicou as causas do incidente: “Em virtude de fortes chuvas na região e devido a passagem de caminhões carregados de madeira, com excesso de carga, a ponte sobre o Rio Arataú, na BR-230/PA, próxima ao Município de Pacajá, sofreu colapso estrutural vindo a desabar.”.
*Não há registros das condições da rodovia no trecho do Pará entre os km 391 e 571,4.
No trecho entre os km 571,4 ao km 728,5 registra-se os melhores dados viários da rodovia no estado; rodovia pavimentada (a partir do km 582), com presença e regularidade de sinalização vertical e horizontal, sem redução de velocidade obrigatória, com presença regular de acostamento. No trecho seguinte (km 728,5 ao km 984) que possui seu limite na conexão da BR 230 com a BR 163 a superfície volta a ter revestimento primário (embora ainda em boas condições), sem sinalização horizontal, acostamento indefinido, sinalização vertical em condições regulares e com obrigação de pequena redução de velocidade.
Do trecho que compreende a conexão com a BR 163 até a fronteira do estado Pará (km 984) com o estado do Amazonas (km 1569,5), a rodovia possui sua superfície, majoritariamente (558,5 km), com revestimento primário, em condições de tráfego regulares, sem presença de sinalização horizontal e com regular presença de sinalização vertical, sem presença de acostamentos e com obrigação pequena de redução de velocidade devido as condições viárias. Todavia, nos trechos englobados entre Itaituba (km 1102,6) ao km 1129,6 (início da travessia do rio Tapajós) é verificado a presença de pavimento em boas condições de trafegabilidade, sinalização horizontal e vertical presente com regularidade e sem exigência de redução de velocidade; embora não se tenha registros da presença e/ou das condições de acostamento nesse trecho.
AMAZONAS
No Amazonas, os dados da rodovia enaltecem o descaso enunciado no início das abordagens de apresentação desta pesquisa. Os primeiros 610,4 km da BR 230 no Amazonas possuem revestimento primário (LATERITA), pontes de madeira em boas condições, sinalização vertical precária (com mínima quantidade de placas e péssimas condições de visibilidade e legibilidade) e obrigatoriedade excessiva de redução de velocidade. Ainda nesses primeiros 610,4 km, não é observado a presença de acostamentos e de sinalizações horizontais e registra-se três integrações com o modal hidroviário através da travessia de rios por meio de balsas terceirizadas de maneira regular.
No curto trecho entre o fim da travessia do rio madeira (km 610,4) até o fim da coincidência da BR 230 com a BR 319/AM (km 642,8) a rodovia apresenta sinais de melhora. Ali a pista é inteiramente pavimentada, com sinalizações verticais e horizontais em boas condições, com presença de pontes em concreto armado e de acostamentos regulares, sem retenção obrigatória da velocidade.
No trecho final de rodovia implementada (km 642,8 ao km 831,6) as condições que cerceavam os primeiros quilômetros da rodovia voltam a se repetir, dessa vez com uma travessia por balsa (em estado precário). A única exceção dos dados desse trecho se dá no perímetro urbano da cidade de Lábrea (km 815,4 ao km 831,6) em que a pista é pavimentada.
O último trecho, que iria de Lábrea até Benjamin Constant, ainda não está implementado.

Transamazônica registra em 2015, 68 acidentes com 10 mortes no trecho da rodovia em Medicilândia

Três crateras abertas em um trecho de 50 quilômetros na BR-230, mais conhecida como Rodovia Transamazônica, mostram claramente o abandono e o descaso do governo federal com povo que vive na região, sudoeste do Pará. Nesta segunda reportagem sobre a BR-230 vamos mostrar aos nossos leitores as armadilhas e os dados assustadores de acidentes que aconteceram em 2015, na região de Medicilândia.
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Pista praticamente encoberta por vegetação. Foto: Wilson Soares.
Saindo de Altamira é possível ver que a estrada que levou mais de quatro décadas para ser pavimentada ainda continua com pontes e pontilhões de madeira sobre córregos e igarapés. A sinalização está sumindo no meio do mato que toma conta da lateral da rodovia. A cerca de cinco quilômetros de Brasil Novo, a estrada se afunila e surge a primeira cratera. Seguindo viagem no sentido de Medicilândia, surge a segunda cratera com uma dimensão bem maior que a primeira e que já ultrapassa a metade da pista. 
A rodovia que foi asfaltada há menos de cinco anos está cheia de ondulações e buracos. Apesar de ter passado recentemente por uma operação de tapa-buracos, alguns trechos não foram recuperados.
Já chegando em Medicilândia, no km 85, está um dos pontos mais críticos. As fortes chuvas de fevereiro de 2014 cortaram a rodovia formando uma cratera com uma dimensão de cerca de 100 metros comprimento por 5 metros de profundidade. Para quem não conhece a região, e olhando bem de perto, parece que ali chegou o fim da linha da rodovia, que foi projetada durante o regime militar e inaugurada na década de 70 como símbolo de desenvolvimento. Hoje a obra é sinônimo de atraso e abandono. “A gente fica muito preocupado em ver que a rodovia acabou de ser asfaltada e já está deteriorada desse jeito em tão pouco tempo. Nesses pontos críticos temos notícias toda semana de acidentes. Quantos vão precisar morrer para que o governo federal tome providências?”, desabafou o empresário e pioneiro na Transamazônica, Valdir Narzethi.
Buracos na pista já causaram vários acidentes. Foto: Wilson Soares.
Buracos na pista já causaram vários acidentes. Foto: Wilson Soares.
 As péssimas condições da pavimentação da rodovia já foram denunciadas por pelo menos duas vezes aqui no Jornal A Voz do Xingu, sendo a primeira delas no dia 01 de março de 2014. Seis meses depois que denunciamos uma equipe de técnicos e engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) chegou a vir à região e vistoriar os trechos que haviam desmoronado. Na época, a equipe do DNIT chegou inclusive a afirmar que num período de 150 dias, as crateras seriam recuperadas, ou seja, em novembro daquele mesmo ano foi o prazo que o próprio departamento deu para que os trabalhos fossem refeitos e a trafegabilidade voltasse ao normal. Passados três anos nada foi resolvido por parte do DNIT.
Enquanto isso, os acidentes nesses pontos críticos tem sido frequentes. De acordo com dados registrados pelo SAMU de Medicilândia, só em 2015 foram atendidas 49 ocorrências de acidentes que aconteceram entre os quilômetros 66 e 130, trecho da rodovia que corta o município de Medicilândia. Nessas ocorrências foram atendidas 68 vítimas. Desse total 10 pessoas morreram, três dessas mortes aconteceram na cratera do km 85. Uma dessas vítimas foi o agricultor medicilandense Raimundo Nonato, 45 anos, que perdeu a vida quando trafegava de motocicleta pela rodovia e caiu na cratera. “Acredito que o acidente ocorreu porque no local não tem sinalização. Ele vinha à noite e sem visibilidade acabou não vendo o buraco”, disse Ademar Tambara, que é vizinho da vítima.
Quem precisa viajar pela rodovia Transamazônica entre os municípios de Medicilândia e Placas, ambos na região sudoeste do estado, enfrenta um trecho de mais de 150 quilômetros de poeira intensa no verão e atoleiros no inverno, que deixam o trânsito parado. Sem poder seguir viagem, dezenas de caminhões estacionam à beira da estrada e esperam o tempo melhorar. Atoleiros ocupam trechos de até um quilômetro na Transamazônica. Quem tenta passar, se arrisca. “Daqui até Placas está crítico, muito crítico. É prejuízo para quem precisa e para nós né, que precisamos trafegar”, lamenta o motorista Florêncio Dias.
A situação não é diferente para quem precisa ir à cidade de Altamira resolver algum problema. “Eu só vou de mês em mês. Só em caso de extrema necessidade como doença, para fazer exames e consultas. Aí a gente vai porque não tem outro jeito”, contou a aposentada Benedita Coutinho Soares.
O Jornal A Voz do Xingu tentou contato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pela manutenção da rodovia, porém até o fechamento desta edição não obtivemos nenhum posicionamento oficial.
A Voz do Xingu

Alunos da UnB criam aplicativo para incentivar carona solidária

Estudantes da Engenharia da Computação desenvolveram um aplicativo para incentivar a carona solidária dentro do campus da UnB, após perceber que a maioria dos carros que entram no campus estão com uma só pessoa. Vale a leitura.

http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/03/alunos-da-unb-criam-aplicativo-para-incentivar-carona-solidaria.html

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Transamazônica: entenda os motivos para a implantação

Idealizada em 1970,  o objetivo primordial do projeto da Rodovia Transamazônica era ligar o nordeste superpopuloso ao norte detentor de grandes territórios desocupados. Nas palavras do então presidente Emílio Garrastazu Médici, "vamos levar os homens sem-terra para a terra sem homens".

Os nordestinos, à época, sofriam com uma seca devastadora, o que provocou um êxodo rural de grandes proporções. As cidades, infladas de pessoas e incapazes de suprir a carência de moradia e alimentação, se viram infestadas de favelas e acomodações precárias, onde a falta de higiene e a miséria reinavam.

Então, Médici, ao sobrevoar a Região Norte e suas grandes extensões de mata virgem, região essa que sofria com o isolamento econômico e social, imaginou a maneira mais prática e mais característica dos governos militares para matar dois coelhos com uma só cajadada: uma rodovia de proporções faraônicas, cortando o Brasil e rasgando a selva em direção ao desenvolvimento.

A rodovia possibilitaria aos produtores da Região Norte escoar sua produção de maneira muito mais fácil em direção aos grandes centros consumidores do Nordeste, enquanto os nordestinos atingidos pela pobreza receberiam auxílio governamental para morar e produzir nas terras ao redor da Transamazônica, o que resolveria o problema da falta de moradia e ainda auxiliaria no fomento à economia local, trazendo o progresso para as regiões mais isoladas. 

O autor Sérgio Macedo, defensor ferrenho do projeto da rodovia, assim escreveu em seu livro "Transamazônica: integração-redenção do norte":
  
Além de tudo o mais, existe riqueza que estamos perdendo há cerca de quinhentos anos. Debaixo da terra ou quase á sua flor minérios de grande valor existe em grande quantidade naquela região. Toda essa riqueza lá está esperando pelo braço que a extraia, pelas maquinas que a transformem, quase implorando que a aproveitem. O Brasil vem perdendo dinheiro, muito dinheiro, há longo 
tempo, inaproveitando a riqueza que ali se encontra. E será que estamos em condições de perder dinheiro? Será que somos um povo de milionários? Mais riqueza trará a Transamazônica. RIQUEZA TRARÁ a Transamazônica para o país, quando estiver totalmente concluída. Quando por ela começarem a rodar caminhões de todos os tamanhos, carros os mais variados. Ela proporcionará não somente o progresso das diferentes cidades pelas quais passará, como a exploração dos diversos minérios preciosos que estão no subsolo das diferentes localidades.

Dessa forma, é possível e plausível concluir que, se corretamente desenvolvida, a Transamazônica seria uma poderosíssima ferramenta para o desenvolvimento nacional, obedecendo à máxima de que investimentos em infraestruturas de transportes são fatores indutores para a economia. Nas próximas postagens, será dito mais a respeito da situação atual da rodovia, bem como a respeito da sua viabilidade à luz de variados aspectos. 

Obras de via de continuação da Avenida das Torres avançam em Manaus



Obras de via de continuação da Avenida das Torres avançam em Manaus


A nova avenida vai da avenida Timbiras até a rodovia AM-010, Manaus-Itacoatiara

As máquinas já trabalham na primeira etapa das obras de construção do trecho 03 da avenida das Flores, a continuação da avenida Governador José Lindoso (a avenida das Torres). A nova via, implantada pelo Governo do Amazonas, se estende da avenida Timbiras, no bairro Cidade Nova, na zona Norte da Capital, até a rodovia Manaus- Itacoatiara (AM-010), e terá um corredor de ônibus com 11,1 km de extensão. O trecho em construção tem início na rua Fênix, na chamada Baixada Fluminense. Com a liberação do trecho inicial feita pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural ( Iphan) e a realização do levantamento topográfico da área de intervenção da obra desde a rua Fênix em direção ao Conjunto Galiléia, as obras tomaram fôlego com a entrada das máquinas para a retirada de solo mole, corte e nivelamento do terreno com aterro, terraplanagem e compactação. De acordo com a secretária de Estado de Infraestrutura, Waldívia Alencar, as obras do  momento são de preparação do terreno. "Estamos limpando a área no perímetro de construção da avenida e preparando o terreno para a construção das chamadas obras de arte, que são as pontes, bueiros e galerias", detalhou a titular da Seinfra. A empresa responsável peça obra está promovendo limpeza do leito de um igarapé que corta o traçado da avenida logo nos primeiros 200 metros, para a construção de uma galeria. Para isso, foi necessário desviar o canal do igarapé por meio de uma "ensecadeira", também chamada corta-rio, que permite a realização dos trabalhos quase a seco, para a colocação dos alicerces e a fundação de uma galeria dupla, medindo 70 metros de comprimento por três de altura e três de largura cada galeria. O trecho 3 parte do Terminal de Integração 3 (T3), na avenida Noel Nutels, e se estende até o Igarapé do Passarinho. No trecho 4, a obras continua o traçado e cruza as avenidas Margarita, no Nova Cidade, e Sete de Maio, no Santa Etelvina, interligando-se na parte final de seu traçado com a rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), com saída nas proximidades do quilômetro 22, logo após o aterro sanitário. A previsão de conclusão de toda a obra é em 2014. O investimento total é de R$ 221,7 milhões, com recursos do Orçamento Geral da União, financiamento da Caixa Econômica Federal e contrapartida do Governo do Estado.
Fonte: Portal Amazônia