quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O sistema de transportes na história brasileira

A atual situação do sistema de transportes brasileiro deve ser analisada considerando os diversos fatos históricos que levaram a ela, durante cada ciclo econômico pelo qual o país passou.

No período de 1880 a 1930, a economia brasileira se baseava na exportação de produtos primários (como café, açúcar e algodão), em atividades de pecuária extensiva e na extração de madeira e borracha. Entre 1900 e 1929, o PIB total quase quadruplicou e teve com poucas quedas, estas devidas a variações da demanda externa (da qual a economia tinha forte dependência). A função do transporte nesse período era a de escoar a produção para o litoral, sendo utilizado, para isso, o modal ferroviário, enquanto utilizava-se o hidroviário para viagens aos países industrializados (apesar de que a maior parte do tráfego de longo curso era feita por navios estrangeiros). Como as ferrovias ligavam as regiões produtoras apenas ao litoral, os transportes entre as regiões eram feitos, geralmente, por cabotagem (navegação dentro do país). Não houve um projeto nacional para a construção das ferrovias, e, por isso, elas acabavam sendo feitas com traçados deficientes e sinuosos, com materiais de características diferentes, isoladas umas das outras, e grande parte por iniciativas privadas. O transporte rodoviário não teve destaque nesse ciclo, sendo implantado apenas para ligar centros urbanos próximos.

De 1930 a 1945 ocorreram mudanças no sistema econômico do país, por causa da Crise de 1929 (crise de superprodução dos EUA, já então grande potência econômica mundial, que levou a uma grande recessão econômica que afetou todo o mundo, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial), sendo uma fase de transição para o ciclo industrial. Com o mercado internacional em crise, a economia baseada em exportações não podia mais se desenvolver. Assim, ocorreu uma transição de uma economia aberta e altamente dependente do mercado externo para o fechamento que favoreceu a industrialização, através de medidas governamentais de suspensão e negociação do pagamento da dívida externa e substituição de importações. Com a transferência da renda das exportações de café para a indústria, o Brasil teve condições mais favoráveis de enfrentar a crise que outros países latinos.

O sistema de transportes não era integrado (devido à maior relação dos pólos regionais com o mercado internacional do que com o nacional, e à falta de complementaridade entre os diferentes modais), e os sistemas ferroviário e portuário se deterioraram, pela diminuição das exportações e dificuldade de reposição de materiais necessários à manutenção (pelas restrições a importações). Assim, a unificação do mercado interno não podia ocorrer por ferrovias, e o modal rodoviário foi o meio escolhido para suplementar a capacidade das ferrovias no deslocamento dos bens industrializados dentro do país, sendo uma alternativa mais ágil, barata e abrangente. Também foi elaborado o Plano Nacional de Viação, visando à padronização e uniformização dos investimentos em transportes, e iniciou-se o desenvolvimento de uma infraestrutura aeroportuária e de uma rede de transporte aéreo comercial, para conectar áreas mais afastadas do país às cidades litorâneas.

De 1945 a 1980, com o avanço da industrialização, o modal rodoviário se consolidou como o principal no Brasil. Houve um aumento na produção relativa de automóveis de passageiros de 3,8% para 80,1% da produção física da indústria de automotores, assim como um aumento na produção efetiva de veículos comerciais leves, ônibus e caminhões, entre 1957 e 1980. A evolução da indústria levou a um aumento do PIB de quase dez vezes entre 1947 e 1980. As exportações também aumentaram a partir dos anos 70, por estímulos governamentais e pela maior estabilidade dos produtos agrícolas e manufaturados brasileiros no mercado internacional. O governo federal progressivamente tomou o controle de atividades privadas ferroviárias e portuárias em decadência, procurando prover os recursos necessários à sua modernização e reequipamento. Porém, esses transportes estavam obsoletos e em condições precárias, e o governo não tinha condições de operá-los com eficiência. Assim, foi dada prioridade à construção e pavimentação de estradas.

Após esse período, a economia brasileira sofreu uma prolongada estagnação de mais de duas décadas, o que apontava para o esgotamento do ciclo industrial, mas sem novas opções de mudança da estrutura econômica. A renda per capita permaneceu praticamente inalterada, crescendo apenas 6% de 1980 a 2004. O aumento das exportações ajudou a compensar o baixo crescimento industrial. A crise dos mercados financeiros foi acompanhada pelo endividamento crescente dos países tomadores de empréstimos, dentre eles o Brasil, que, além do aumento da dívida externa, sofreu um período de estagnação e inflação descontrolada. Com a abertura comercial nos anos 90, muitas empresas saíram do mercado, devido ao despreparo para uma competição mais acirrada com as empresas estrangeiras, enquanto outras conseguiram se reestruturar. As exportações brasileiras cresceram tanto em valor quanto em volume, com uma maior diversidade de produtos exportados, e esse crescimento ajudou a reverter a tendência de grandes saldos negativos na balança comercial no período de 1994 a 2002. As atividades de logística e transporte seguiram estagnadas juntamente com a economia industrial nesse período.

O setor de transportes, atualmente, depois da recuperação da economia, ainda enfrenta certos problemas de infraestrututa. Como exemplo, temos que o sistema de transportes brasileiro não responde satisfatoriamente aos fluxos gerados pelas relações com os países vizinhos (como o MERCOSUL), devido a fatores como: rodovias em condições precárias, com descontinuidade, deficiências no pavimento, na sinalização e no policiamento; ferrovias em mau estado de conservação, descontínuas, com bitolas diferentes; transporte fluvial pouco explorado relativamente ao seu potencial, com portos deficientes e embarcações inadequadas; e cabotagem regional prejudicada pela deficiência dos portos.

Como visto, o modal rodoviário teve um grande desenvolvimento durante o período de industrialização do país, enquanto que os outros não tiveram a mesma atenção, e mesmo aquele está em condições ruins atualmente. Faz-se necessário um novo planejamento do setor de transportes, com o objetivo de desenvolver a infraestrutura de transportes para maior utilização do potencial dos modais ferroviário, hidroviário e aéreo no Brasil, e ainda sanar os problemas do transporte rodoviário, o que exige um maior investimento dos recursos públicos nesse setor, em prol de um sistema mais integrado, com maiores possibilidades de relações entre os diferentes modais (multimodalidade). Isso parece já estar acontecendo, com os investimentos para os eventos desportivos que serão realizados no Brasil nos próximos anos, a saber a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Resta-nos esperar para ver se os novos projetos para o setor de transportes serão concretizados e funcionarão de forma eficiente, não apenas em função dos eventos citados, mas sim para o desenvolvimento de um sistema de transportes mais integrado e que auxilie o processo de crescimento econômico do país.

Mike Willer

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SINTESE HISTÓRICA DO SISTEMA DE TRANSPORTES NO BRASIL

A utilização dos sistemas de transporte no Brasil é caracterizado de maneira distina em três etapas ou ciclos históricos: o ciclo exportador (1880-1930), o ciclo industrial (1930-1980) e o ciclo de estagnação e abertura econômica (1980-2004).

O primeiro período (1880-1930), nos remete a época em que o Brasil caracterizava-se por ser um exímio exportador de commodities, em especial o café que era produzido em larga escala no país. Neste ciclo, os sistemas de transportes mais utilizados eram basicamente dois: as ferrovias e a cabotagem – que é o transporte de produtos via litoral brasileiro através do modal aquaviário. Apesar da excelente produção de café na época, o Brasil esbarrava em uma fraca infra-estrutura de transportes, e o investimento nesses modais eram feitos de maneira isolada, não visando uma integração bem definida entre ferrovias ou mesmo entre elas e os portos. Esse crescimento de volume de produção que necessitava ser transportado para uma mesma malha existente, o pouco investimento na ampliação do sistema, aliados à crise econômica devido à quebra da bolsa de Nova York em 1929 levaram ao declínio da utilização do modal ferroviário e da cabotagem no nosso país.

A crise de 1929 ocasionou o decréscimo das exportações do Brasil devido a recessão causada em todo o mundo. Porém, a crise não trouxe somente malefícios a nossa economia. Foi então que ocorreu o surgimento das indústrias e o nosso país passou a viver um novo ciclo na utilização dos sistemas de transporte: o ciclo industrial; que perduraria até meados dos anos 80. Nesta época, a prática da cabotagem passou para o estado no ano de 1937, o qual se mostrou ineficiente na administração desse tipo de transporte; este fato, aliado ao declínio da utilização de ferrovias, devido a dificuldade de interligação entre as mesmas (causada principalmente pela diferença de bitolas), fizeram surgir uma nova modalidade de transporte no Brasil: o rodoviário.

A criação do Plano Nacional de Viação – PNV em 1934 e do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem – DNER em 1937, impulsionaram o surgimento de rodovias, que foram construídas com a intenção de integração nacional entre localidades aonde as indústrias vinham sendo implantadas. Houve também a implementação de um plano de transportes em 1948 que além da intenção de promover o modal rodoviário, também contemplava investimentos para os modais ferroviário – através da contrução de novas ferrovias, aquaviário – com o reaparelhamento dos portos, a melhoria da navegabilidade dos nossos rios e também, com o impuslionamento do setor energético, a construção de oleodutos. Fatos que propiciaram o surgimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico – o BNDE, instituição governamental que financiou grande parte destes novos investimentos no setor de transporte no ciclo industrial.

O aprimoramento da indústria, principalmente a automobilística com sua crescente produção de veículos, incentivou de maneira considerável a utilização do modal rodoviário no nosso país. O que fez com que o PIB brasileiro crescesse de forma que o Brasil chegasse ao ponto de ser considerado como o país com a 8ª economia do mundo no ano de 1954 – o chamado milagre brasileiro. Fato que que levou a um investimento em transportes jamais visto no país, chegando o Brasil a ter cerca de 2% do Produto Interno Bruto destinado ao setor de transportes na época do regime militar que perdurou até o inicio dos anos 80.

Porém, neste período, mas precisamente no final do regime militar, o Brasil começou a passar por um período de estagnação econômica. O início dos anos 80, foi o período em que houve intensa migração do campo para a cidade e a populção passou a ser essencialmente urbana. Na economia, o Brasil procurava uma integração econômica com países vizinhos, pois havia um grande volume de exportações, mas sem ganho econômico. O país deixou de ter características de um estado desenvolmentista para passar a controlar os seus investimentos. E o setor de transportes sofreu consequências consideráveis nesse período. A expansão das rodovias diminuiu. Contudo, ainda que timidamente, o país ainda investia na ampliação da malha rodoviária, pois a industria automobilística não diminiuiu seu ritmo de produção.

Após atravessar por períodos de grande inflação no início dos anos 90, e recuperação econômica nos anos 2000, o país passa novamente por um momento em que se volta a investir no setor de transportes. A criação do Plano de Aceleração do Crescimento no governo de Luis Inácio Lula da Silva e a continuação com a segunda etapa do plano implementado pela presidente Dilma Roussef, prevê pesados investimentos em todos os modais de transporte, como a contrução de 8 mil km de rodovias, 3,5 mil km de ferrovias, investimento em modernização, recuperação de ampliação de portos e aeroportos. Obras que visam o recebimento de grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo de futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016, porém muitas delas só deverão estar prontas após 2020.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

DESCASO COM O SISTEMA DE TRANSPORTE NO BRASIL

Estamos em evidência. Nosso país passa por um momento muito importante em sua história, sob os pontos de vista econômico, político e esportivo.
No cenário político, estreitamos os laços com os Estados Unidos através de acordos entre os presidentes nos últimos meses e desempenhamos importante papel na Organização das Nações Unidas nas tomadas de decisões. Na economia, a nossa moeda se valoriza cada vez mais frente ao dólar americano, e os preços das nossas commodities ainda estão em alta nas bolsas de valores de todo o mundo. No meio esportivo, estamos prestes a sediar os dois eventos mais importantes: A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Porém se voltarmos às atenções para qual é a realidade do nosso país, principalmente no que se refere ao investimento na melhoria e celeridade de obras no setor de transportes, temos alguns motivos para ficarmos com receio sobre o que está por vir.
A menos de mil dias para o início da Copa do Mundo de 2014, ainda encontramos alguns estados que ainda nem começaram as obras de mobilidade urbana, estas tão importantes quanto qualquer estádio de futebol construído para a copa. É o caso de Manaus, que tem como principais obras de mobilidade o Veículo Leve sobre Trilhos (Monotrilho) e o “Bus Rapid Transit” (BRT). O monotrilho encontra-se menos atrasado, pois seu processo licitatório já foi concluído, enquanto o BRT ainda não teve nem mesmo o seu edital publicado, e o prazo para a conclusão da licitação é menor que cem dias. Seria possível concluir este processo em menos de cem dias? Sim, se o prefeito não deixasse de cumprir a lei 12462/2011 que versa sobre regime diferenciado de contratação de empresas para obras da Copa. Vamos pagar pra ver.
Notícias de que o Brasil piora sua infra-estrutura pelo segundo ano seguido ou que o país perdeu vinte posições no ranking do Fórum Econômico Mundial (84º para 104º) deve-se muito a essa despreocupação com melhorias para o setor de transporte, como é o caso da não celeridade com as obras do BRT e sua integração com o Monotrilho, ou a casos de corrupção nos órgãos ligados ao Ministério do Transporte, como foi o caso do DNIT. Casos como estes que atrasam o desenvolvimento da nossa malha rodoviária, retardam o melhoramento das nossas hidrovias ou construção das nossas ferrovias.
Este descaso com o setor de transportes tem preocupado inclusive outros países, caso da China, o nosso principal comprador de commodities, mais especificamente a soja e o milho. Visto a dificuldade que é transportar a soja e o milho dentro do nosso país até o litoral, os chineses estão formando parcerias com empresas brasileiras e investindo alto no setor de logística e transporte no nosso país, a fim de baixar o preço final das commodities produzidas aqui.
É fato, o Brasil deve-se preocupar com sua infra-estrutura no setor de transporte, tendo em vista o cenário em que o país se encontra. Deveríamos investir mais neste importante setor, talvez 2% do PIB como na metade do século XX. Mas de nada adiantaria tanto recurso se não tivermos a preocupação em gerenciá-lo bem. Afinal, será que estamos prestes a passar um imenso papelão às vésperas de 2014 e 2016 devido à ganância e incompetência das nossas autoridades?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Logística e Transporte

A mais expressiva e representativa forma de exemplificar e explicar do que se trata logística, se atribui às guerras entre países que ocorreram em tempos passados, nos quais havia numerosas atividades de armazenagem e deslocamento de grandes contingentes, perecíveis e armamentos.
Além de haver o transporte e manuseio de toda a carga, também surge a distribuição de todo o material e de informações provindas de seus respectivos países, sendo que este deve atender a todos os campos e centros militares da época, surgindo assim à idéia de organização logística de todas as atividades envolvidas.
Em suma, logística se caracteriza pela parte de gerenciamento de cadeias de abastecimento, planejando, implemento e controle de fluxo de armazenamento de matérias e informações, desde a origem até o ponto final, buscando a eficiência de tempo e formas mais econômicas para realizar o transporte, além de atender a exigências provindas de terceiros (clientes).
Buscando essa eficiência, a logística só consegue realizar seus feitos, pois está diretamente ligada aos transportes, uma vez que dependem de meios de locomoção para realizar o seu objetivo com sucesso.
Com o passar do tempo surgem diversos e inovadores transportes altamente tecnológicos e eficazes, de diferentes gêneros e cada vez mais exclusivos, que emergem de vários tipos de veículos e meios de transportes, projetados sempre com o intuito de ganho de tempo e o menor impacto ambiental.
Em transportes, são apresentados diversos aspectos, podendo ser subdivididos em: infra-estrutura, veículos e operações comerciais. A infra-estrutura possui uma abrangência das redes rodoviárias, férreas, aéreas e fluviais. Que são responsáveis pela interligação de cidades e estados, que por sua vez, interliga terminais, estes que tem como principal função de recepcionar e alojar as cargas e/ou pessoas, como os aeroportos, estações de trens, portos e terminais rodoviários.
Sendo que estes terminais recebem os veículos de transporte como os aviões, carretas, trens, embarcações, que possuem como característica principal realizar com segurança o transporte das cargas e pessoas. As operações comerciais estão atreladas com a maneira a qual estes veículos irão operar nas redes que são regidas através de leis, códigos e regulamentos.
Reunindo todos estes fatores, geram o conceito de transporte que se resume em movimento de pessoas e/ou mercadorias de um ponto a outro existente.
Através destes fatores que influenciam grandes pólos, a logística em conjunto com o transporte reúne diversos fatores os quais implicam diretamente na economia de qualquer empresa, cidade ou estado.
Por essa razão é que através da movimentação de bens que se consegue girar o mercado, surgindo então os planejamentos de sistemas de transportes altamente eficientes e de custos baixos, priorizando o baixo preço do transporte que por sua vez influencia no preço final do produto acabado, sendo esta uma ferramenta que possui uma importante e essencial função para o desenvolvimento e sustentabilidade de grandes pólos. Ferramenta esta, que está sempre em busca incessante de atualizações, a fim de possuir as melhores maneiras e alternativas para a mobilização desses bens.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sistema de Transporte, Economia e Logística em harmonia.

Para que a economia de uma região consiga se desenvolver e competir com mercado nacional e mundial é necessário que a iniciativa privada e em maior importância a iniciativa pública invista em infraestrutura de transporte. O volume destes investimentos deve estar sempre acompanhando a riqueza gerada pela região, PIB (produto interno bruto), a fim de evitar que o sistema de transporte se torne um gargalo no escoamento de produtos e de pessoas em vez de ser a grande solução.

É sabido que existem diversas formas de infraestrura de transporte, cabe ao governo avaliar o potencial econômico de cada região e investir em alternativas de escoamento para sua produção. Um estado que possui maior percentual do seu PIB referente ao agronegócio, seria interessante o escoamento destes grãos fossem através de via férrea, pois o custo do transporte é menor em relação ao rodoviário. Porém, se a mesma região possui um alto potencial hidrográfico, talvez a melhor opção já não fosse a ferrovia devido ao custo de execução deste investimento se tornar elevado com as limitações geográficas, mas em contra partida teríamos a alternativa das hidrovias. É importante, caso possível, que o governo ofereça mais de um modal de transporte entre duas localidades quaisquer, assim poderá atender bem diversos setores da economia de seu estado e conseguirá fortalecê-la.

O conceito de logística é somado à alternativa de transporte e escoamento do produto. A logística é todo o processo pelo qual a matéria prima é distribuída, industrializada, transportada, armazenada nos centro de distribuições “CD”, transportada novamente ao consumidor final e em alguns casos retorna. Logística é processo de concepção até o descarte do produto. O transporte destes produtos poderá ocorrer em pequenas ou grandes distancias e através de rodovias, ferrovias, hidrovias ou aéreo. Cabe ao profissional escolher qual solução será mais apropriada para seu produto de acordo com as restrições operacionais, físicas ou financeiras.

Pode-se, portanto, afirmar que o governo precisa oferecer aos produtores, para as indústrias, alternativas de transporte que atendam suas necessidades em sintonia com as potencialidades de cada região. Uma vez que o sistema de transporte a economia e a logística estiverem em harmonia, esta região, estado ou país estará preparado para galgar melhores posições no mercado mundial, podendo oferecer um produto de boa qualidade e diminuindo seus custos de transporte que não agregam valor algum ao produto.

sábado, 20 de agosto de 2011

Transporte e Logistica

O transporte na atualidade está diretamente ligado à economia, pois todos os produtos comerciáveis são transportados ao seu destino, o turismo que tem como principal meio de transporte a aviação, todas as viagens à negócio e outras formas de negócio.

Pode-se utilizar o transporte como incentivo ao negócio, como a dragagem de um rio, a criação de novas alternativas de rotas de comércio e a manutenção destes para que todos os produtos tenham um bom escoamento para chegarem ao prazo sem ter nenhuma redução no preço.

O governo pode usar o transporte para abrir novos comércios, como a construção de uma nova ferrovia, que faz a ligação de uma mina de ferro ao porto de Santos, que é o maior do Brasil, traria um grande incentivo para a mineração, gerando renda em vários locais como empregos diretos e indiretos, impostos e para o próprio uso interno, fazendo abrir novas indústrias gerando mais empregos.

A locomoção das pessoas é um grande atrativo pra o transporte, pois todos necessitam dessa utilidade. O trabalhador, todos os dias, usa o transporte seja ele particular ou do governo, embora muitas vezes não são adequados, o turismo que gera bilhões de dólares por ano.

Outra parte na qual o transporte está ligado é a logística, que define todos os passos de uma produção ou um serviço administrando materiais, financeiro e pessoais tentando otimiza-lo ao máximo para cortar custos e maximizar os lucros, que é o objetivo de toda a empresa.

As novas exigências para a atividade logística no mundo passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios. Apesar dessa evolução, antes havia poucos estudos e publicações sobre o tema. Com isso, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente. Foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. Mais tarde assistem à consolidação dos conceitos como o MRP.

Hoje, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação

A logística trabalha desde a obtenção dos commodities, o modo de preparo ou montagem, a estocagem, tanto de matérias primas, materiais semiacabados ou produtos acabados, o transporte para a venda e a finalidade do após uso do produto.

O Sistema de Transporte e a Economia - Dependência e Desenvolvimento

Atualmente, percebem-se mudanças importantes no cenário econômico mundial, no qual nações emergentes avançam em exportações. E o que elas têm em comum? Mobilidade. Essa característica deve-se à atuação e eficácia do sistema de transporte local gerando movimentação da economia e seus vários setores, em prol do melhor funcionamento da sociedade. Os insumos utilizados nos setores da economia precisam da eficiência do sistema de transporte para seu trâmite desde a obtenção da matéria-prima à composição do produto com valor-agregado, já nos setores secundários e terciários. Ou seja, se para o desenvolvimento ocorrer, entre outros fatores, necessita-se de uma economia fundamentada, essa por sua vez, carece de mobilidade planejada e segura. Tal mobilidade necessita acontecer de modo que admita a circulação de pessoas, bens e cargas, sobretudo de maneira confortável, protegida, conveniente, rápida e com menor impacto ao meio ambiente.

Cada região exibe um potencial produtivo, e para transformar esse potencial em capital, depende-se dos transportes, sobretudo adequados às peculiaridades de cada região, levando-se em conta também a melhor forma de escoamento do produto. A região amazônica possui avantajada disponibilidade hídrica, que favorece a transformação de rios em hidrovias sem grandes alterações em alguns trechos. Para o escoamento de mercadorias transportadas a grandes quantidades, esse tipo de modal é viável. Já para o transporte de materiais com maior valor agregado, por exemplo, os de eletrônica, o modal acima citado não é o ideal. Outro fator preponderante é o tempo, já que o transporte aquaviário demanda mais tempo que o aéreo, por exemplo. Ou seja, além da melhor forma de transporte para a mercadoria, verifica-se também qual a potencialidade de modais da região.

Outro modelo acerca da dependência do sistema de transporte para a sobrevivência econômica de alguns lugares interioranos amazônicos é a instalação de estruturas portuárias para uso das vias fluviais com barcos regionais, que por sinal caracteriza-se por ser um dos meios de transporte mais antigos. A construção de portos para essas localidades facilita o escoamento de produtos advindos de cooperativas de moradores através de estratégias governamentais, como exemplo, os Arranjos Produtivos Locais – APLs, cujo objetivo é de promover o desenvolvimento regional por meio da melhoria da competitividade dos diferentes segmentos da economia, utilizando as características comuns e trabalhando principalmente com produtos in natura. Os APLs podem ser definidos também como um tipo particular de cluster, já que há a concentração geográfica de empresas que incentivam a produção interiorana, além dos aglomerados de agentes econômicos envolvidos nas diversas atividades referentes aos Arranjos Produtivos Locais.

Aliada a todas as medidas utilizando os sistemas de transporte em prol da competitividade econômica gerada pelos diversos agentes, tem-se a Logística, cuja função neste contexto é viabilizar o melhor processo para o produto, desde a obtenção de sua matéria-prima, à entrega e posteriormente a destinação final do agora resíduo. Dentre deste conjunto de ações, tem-se o transporte como elo entre as distintas etapas das operações logísticas, em meio à movimentação de produtos e/ou estocagem temporária destes.

O nível de desenvolvimento de uma sociedade está ligado espontaneamente com o grau de sofisticação do seu sistema de transporte, impondo assim a sua importância, quanto à infraestrutura para o progresso da humanidade. Neste contexto, tem-se confrontado a situação brasileira, com a dualidade de sua economia “promissora” e a problemática de seu sistema de transportes. Até quando as exportações suportarão as deficiências desse sistema? Como esse sistema se comportará mediante ao desenvolvimento, outrora iminente, atualmente presente? Que medidas logísticas os profissionais podem praticar para que a influência do Sistema de Transportes na Economia seja cada vez mais eficaz? Ainda há muito que se estudar, planejar e executar. A análise do cenário atual do sistema de transportes e de todos os seus agentes é objetivo multidisciplinar para o desenvolvimento de cidades com futuras economias consolidadas por meio da acessibilidade proporcionada pelo sistema supracitado. Um desafio para a nossa geração produzir, buscando a melhor competitividade de nosso país em paralelo aos demais.

A importância do transporte para a economia.

O transporte tem desempenhado um papel fundamental na busca pelo desenvolvimento de uma sociedade, pois permite uma rápida mobilidade de pessoas, bens e serviços, uma maior dispersão geográfica de atividades produtivas, sendo esse o motivo de ser considerada a principal e a atividade industrial mais ativa no mundo.
Ter um transporte eficiente é fator decisivo na economia mundial, pois um sistema falho afeta o setor agrícola, dificulta a integração nacional, retarda o crescimento socioeconômico, prejudica a segurança nacional; limita também, a eficiência dos programas de assistência técnica e dificulta o comercio internacional.
A cidade de Manaus, cuja economia é baseada na atividade industrial, é, sem duvida, intensamente prejudicada pelas falhas, e a visível falta de um sistema de transportes eficiente, o que imprimi as empresas um custo maior quanto a manutenção dos estoques para que não hajam surpresas devido possível instabilidade dos fornecimentos de material, resultando em um maior custo e, por consequência, um preço final dos produtos sem valor agregado, no entanto mais caro, dificultando as empresas entrar em um mercado competitivo, ocasionando um retardo ao crescimento do meio.
Fazendo uma comparação entre a economia de países desenvolvidos com a economia de países em desenvolvimento observa-se o importante papel do transporte na amplitude das atividades econômicas. A busca por melhorias no sistema de transporte vem com o intuito de aumentar as chances de competição pelo mercado, tentando garantir a economia uma escala de produção, o que causaria uma redução nos custos e o que poderia refletir no preço final pago pelo consumidor ou na maior margem de lucro por parte da indústria.
O transporte é um dos elementos mais notórios das operações logísticas, que cuida de todas as atividades de movimentação e armazenamento que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final assim como todos os fluxos de informações que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo aceitável pelo mercado.
As principais funções do transporte na logística estão ligadas às dimensões de tempo e nas formas de aperfeiçoar a utilização do espaço. O transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda em potencial, dentro de um prazo adequado às necessidades do consumidor. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que se consiga atingir os principais objetivos logísticos, que consistem em ter o produto, na quantidade demandada, em tempo adéquo, no lugar especificado ao menor custo possível.
O transporte é o responsável por toda essa movimentação que a logística necessita, é considerado por muitos como a atividade primordial devido a sua importância nos custos logísticos, já que ele é quem determina o prazo, a quantidade e o custo da operação. Para que estes sejam definidos, é necessário, um estudo prévio dos Modais de transporte, estes podem ser basicamente classificados em ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo, essa definição vai ser dada de acordo com a necessidade do transporte.
Um exemplo a ser citado é o caso das indústrias de telefonia móvel do pólo industrial de Manaus, mais especificamente com a empresa Nokia, cuja opção pelo modal aéreo é devido à necessidade de uma grande velocidade no transporte dos seus produtos, o que ela não conseguiria caso optasse por um transporte aquaviário, está opção é adotada para que a empresa não tenha prejuízos devido a rápida atualização quanto a tecnologia utilizada, o que pode ocasionar um lote de produtos ultrapassados pelas novas tecnologias. A escolha do modal de transporte deve ser feita de acordo com as necessidades de cada setor.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O papel dos Sistema de Transporte na Economia e sua relação com a Logística

A economia de um país está intimamente relacionada com o desenvolvimento da sua cadeia produtiva. Se um país explora somente a matéria-prima, a extrai da natureza e a exporta, este terá uma economia menos desenvolvida que um país que explora essa matéria-prima e faz ela percorrer os diversos setores da cadeia produtiva (setor primário, secundário, terciário...).

É óbivio então afirmar que quão mais desenvolvida é a economia de uma nação, mais eficiente tende a ser o seu sistema de transporte. Visto que a interligação entre os diversos setores da cadeia produtiva se dá através dos diversos meios de transportes.

Contudo, não podem ser empregados quaisquer tipos de transporte entre os setores; deve-se analisar primeiramente qual é a natureza do produto que será transportado para saber como e em quanto tempo ele deve chegar ao seu destino. Se for, por exemplo, uma produção de alface, o meio de transporte escolhido deve ser eficaz e apropriado ao ponto que o legume, que é um alimento perecível, chegue ao seu destino ainda em boas condições de consumo.

É essencial também o conhecimento da natureza de consumo do produto. Um clássico exemplo é o da Nokia, que transporta os seus componentes eletrônicos para a indústria de telefone celular situado no Polo Industrial de Manaus via aérea, afim de que seus telefones não se tornem obsoletos caso este transporte se desse pelo modal aquaviário, aonde o transporte é relativamente demorado frente aos demais, apesar de sua capacidade de carga ser maior.

É nesse contexto que se insere o conceito de logística, que vem a ser o planejamento de todas as etapas de um produto, seja ele bem ou serviço, desde a sua concepção até o seu descarte e o retorno do cliente (chamada logística reversa). O transporte tem um papel fundamental no meio logístico, uma vez que ele que regula o quão rápido e eficiente será esta dinâmica, principalmente quando o produto precisa ser removido a grandes distâncias. Como, quando, quanto e pra onde transportar são algumas questões que o profissional de logística deve responder para que o consumidor final fique totalmente satisfeito ao final deste processo.

A Engenharia Civil tem uma importante contribuição nesta relação transporte, economia e logística, uma vez que é a área que projeta, dimensiona e executa os acessos e vias dos diferentes modais de transportes. Quanto mais caminhos para um produto percorrer, mais fácil será o seu planejamento logístico e em mais lugares este produto vai estar presente, impulsionando assim a economia do país.

Em suma, o sistema de transporte assim como o planejamento adequado de como fazer este transporte desempenham importantes papéis na economia de um país, visto que a logística entre os diversos setores da cadeia produtiva de uma nação é um fator preponderante no desenvolvimento econômico deste país.

O Sistema de Transportes e a Economia

Uma das principais características de qualquer ramo da economia é a necessidade de grande mobilidade, aspecto este que está diretamente ligado ao sistema de transportes: quanto maior a facilidade e rapidez do transporte de um bem, menor o custo para seu produtor. Essa questão representa um grande problema de logística para os estados da região norte do país, visto que estes possuem baixa acessibilidade, devido à falta de uma infraestrutura de transportes que permita a movimentação dos produtos adequada, prática e rapidamente entre essa e as demais regiões brasileiras.

O transporte não agrega valor ao produto, não influenciando, assim, seu preço de venda (ao menos não diretamente, pois este é definido pelo mercado e não pelo produtor isoladamente). Portanto, a busca por meios de transportar mercadorias mais eficientes e baratos é uma das principais preocupações em qualquer mercado. Daí a necessidade do planejamento e desenvolvimento de sistemas de transportes eficientes, considerando as necessidades de seus utilizadores, estas que dependem do tipo de mercadoria considerado. Alimentos perecíveis, por exemplo, precisam de condições especiais de conservação e de rapidez do transporte, para que cheguem ao comprador em boas condições de consumo. Eletroeletrônicos não precisam das mesmas condições de conservação que os alimentos, e, dependendo do grau de produção e do destino, pode ser necessário um meio de transporte mais rápido e abrangente: enquanto alimentos com destino a uma localidade próxima poderiam ser transportados por caminhões, eletroeletrônicos destinados a outros países necessitariam de transporte aéreo.

Para que o custo de transporte seja mínimo (e, portanto, a margem de lucro seja maior), é necessário um bom planejamento logístico, ou seja, uma boa organização e controle das atividades de armazenagem e transporte do bem em questão, desde a sua produção até a sua distribuição para os consumidores. Isso tudo depende muito da acessibilidade dos locais por onde passará o produto (ou seja, da facilidade de se chegar a esses locais). Essa característica é que faz com que a maior parte dos produtos comercializados em Manaus, por exemplo, sejam muito mais caros que em outras localidades brasileiras: a dificuldade de transporte desses bens até essa cidade aumenta o custo dos mesmos, e, como não há outra opção de aquisição de certos produtos senão por importação de outras regiões do país, a “mão invisível” regulou o mercado (através das decisões dos diversos compradores e vendedores em conjunto) de forma a aumentar o preço, para que os vendedores ainda tenham um bom lucro e os compradores ainda possam adquirir os produtos, mesmo que, obviamente, não completamente satisfeitos com a diferença de preço (mas são obrigados a comprar, por falta de opção).

Portanto, um bom investimento no sistema de transportes de qualquer país leva ao desenvolvimento da economia, aumentando a competitividade e, assim, a geração de riquezas e bem-estar social, e é justamente isso que se faz necessário no Brasil, atualmente. O desenvolvimento do sistema de transportes e a integração das diversas regiões brasileiras por meio dele deveriam ser uma das principais preocupações do governo e alvo de grandes investimentos, como um passo para o desenvolvimento econômico do país.

Mike Willer