sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Infra estrutura de transporte no Brasil

O retrato da infra estrutura de transporte da atualidade, nada mais é do que o fruto que foi plantado durante as transições econômicas e políticas brasileiras. Isto porque, os chefes de estados de décadas anteriores, visavam apenas o lucro, para então bem depois, pensarem em realmente usar os modais de transportes para interligar todo o nosso país e sua grande extensão territorial.

Um modal que tinha tudo pra ser um dos mais estruturados do Brasil, é o sistema aquaviário, já que somos ricos em cursos d'água, porém os portos do Brasil deixam muito a desejar em infra estrutura mesmo sendo bastante utilizado e sabe-se que esse é um dos meios mais antigos e utilizado em nosso país.

Logo após a Independência do Brasil houve mais investimentos para o modal ferroviário, isto porque, este modal era útil para o transporte de produtos como café e outros que eram transportados principalmente na costa brasileira no nordeste e sudeste, tendo em visto que esses produtos eram exportados do Brasil e eram mais rápidos do que o transporte aquaviário que até então dominava os modais transportadores. Esse era o tempo em que só onde havia algum tipo de produção, havia infra estrutura. Na época áurea da borracha por volta de 1910, quase o norte conquista seu espaço como "parte do Brasil", porém não teve sucesso com a construção da Madeireira Mamoré que tinha a intenção de facilitar o acesso do Brasil com a Bolívia.

Um meio de transporte que começou a surgir na década de 20, foi o aéreo, para quem buscava viagens rápidas para em seguida na década de 30 surgir a primeira empresa aérea brasileira(Vasp).

Nas décadas de 50 e 60 começou a surgir o interesse do Brasil ser mais acessível pra todos com as construções de estradas federais e a fundação de Brasília, já que a intenção era de também integrar todas as regiões brasileiras, principalmente a região amazônica, a qual era alvo de várias nações. Infelizmente, parte dessas estradas não chegaram a sua conclusão, visto que se fossem todas finalizadas, haveria um desenvolvimento maior principalmente das áreas mais afastadas do eixo Rio-São Paulo.

Atualmente os investimentos em transportes são maiores com projetos de novas linhas de trem e implantação do trem de alta velocidade Rio-São Paulo, também ainda existem projetos para conclusões das obras das estradas que estã por finalizar, o setor viário também continua crescendo, porém, esses investimentos poderiam ser melhores. Em anos anteriores eram investidos uma parcela do PIB um pouco maior do que da atualidade, como exemplo disso, temos que nas décadas de 70 e 80 eram investidos 1,2% do PIB brasileiro, enquanto atualmente não chega a 1%, enquanto isso, em países desenvolvidos são utilizados uma porcentagem maior do seu PIB, o qual já é superior ao de nosso país. Com certeza, com melhor administração, todos sairiam ganhando.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Evolução da Infra-estrutura de Transporte no Brasil

O trajeto da infra-estrutura de transporte no Brasil se dá a principio em um país com característica exportadora de produtos primários, onde predominava o transporte ferroviário, visto que transportava cargas e pessoas do interior para o litoral, onde as cargas eram levadas aos portos e embarcadas para países industrializados. Neste contexto o transporte rodoviário esteve pouco envolvido com ao ciclo de exportações do setor primário.

Com a crise do comercio internacional houve uma redução nas exportações de países que forneciam produtos primários como era o caso do Brasil. Ocorreu então em 1930 a 45, caracterizada pela depressão de 1929 e posteriormente a Segunda Guerra Mundial, a transição de uma economia intensamente dependente do mercado externo para o fechamento favorecendo a industrialização. Desta forma o transporte rodoviário passa a ser desenvolvido visto que serve não somente para o transporte local e regional, mas começa a ser entendido como fator estratégico para o desenvolvimento e integração do pais, apresentando também vantagens comparativas no que diz respeito a consumo de combustíveis derivados do petróleo. O transporte ferroviário e marítimo passa a ser substituído pelo rodoviário e como conseqüência ocorre um rápido crescimento na movimentação de produtos industrializados e primários voltados para o mercado interno. Nessa fase também inicia o desenvolvimento da infra-estrutura aeroportuária.

Mesmo o sistema de transporte, com sua deficiência de ferrovias e portos e pouca extensão de malhas rodoviárias, não acompanhando o rápido avanço industrial que estrangulava a logística de abastecimento e escoamento, o país cresceu continuamente durante 100 anos ( 1880-1980), sofreu uma prolongada estagnação. O primeiro impacto foi a crise do petróleo de 1973, o que ocasionou na redução das taxas de crescimento e elevação da inflação e a diminuição dos investimentos públicos. Deste modo investimentos em infra-estrutura de transporte, energia, telecomunicações e saneamento passaram a atrair interesse privado.

De fato a as infra-estruturas de apoio inclusive a de transporte não acompanharam e não estão acompanhando o desenvolvimento econômico. Depois de cem anos de desenvolvimento pouco se investiu em infra-estrutura de transporte. Se faz necessário então um melhor planejamento por parte do governo nos investimentos e fixação de prioridades, acionando a iniciativa privada quando necessário a substituição do governo.

domingo, 10 de outubro de 2010

O papel do Transporte no desenvolvimento da economia brasileira

Em todas as etapas das atividades que movimentaram a economia brasileira, desde 1880 até a contemporaneidade, o transporte teve um papel fundamental para o alargamento da escala de exportação de produtos nacionais e do próprio desenvolvimento regional na época em que o país abriu o mercado para a industrialização. No princípio, no período de 1880 a 1930 a economia brasileira era baseada no extrativismo, agricultura e agropecuária, sendo os principais produtos o café, cultivado no Sudeste mais precisamente em São Paulo, a criação de Gado no Centro-Oeste, algodão cacau e fumos no Nordeste e Extração da borracha no Norte. Neste contexto o Brasil, assim como todos os países, tinha a necessidade de transportar seu cultivo, tanto para o exterior, quanto regionalmente movimentar seus produtos entre os estados, dessa forma, o escoamento desses artigos, dava-se por meio de ferrovias (construídas sob investimento de países já industrializados) e por via transporte marítimo para as exportações; para o fluxo interno dessas mercadorias no país, o meio de transporte realizava-se por cabotagem. É imprescindível destacar nesse período a influência da crise mundial de 1929 na economia brasileira, o valor das exportações brasileiras caíram cerca de 60% de 1929 a 1933, ainda assim, o Brasil foi considerado uma das nações que menos sofreu impactos (em comparação com outros países), devido a grande dependência que os outros países tinham do Café, uma vez que era o único que detinha o cultivo deste bem, e o seu consumo era muito grande pelos estrangeiros.
Outro período vivenciado no Brasil, foi o ciclo da industrialização, que se deu entre os anos de 1930 a 1980. O cenário de infraestrutura no país era bastante crítico, constituído (como já citado) por alguns portos e ferrovias, que ao serem projetadas por países mais avançados (como a Inglaterra, por exemplo), beneficiaram somente a exportação; sendo assim, o modal construído para solucionar a questão do escoamento de produtos industriais nacionais, dentro do próprio país foi o rodoviário. Nesta fase o Brasil sofreu com a já citada crise em 1929 que se repercutiu aproximadamente até 1933, reduzindo consideravelmente o PIB daqueles anos que também teve influência da segunda guerra mundial que finalizou em 1945. Contudo, segundo Josef Barat, um dos mais expressivos crescimentos do Brasil deu-se entre 1900 a 1980, onde o PIB total cresceu a uma taxa média anual de 6,2%.
Sabe-se que após 1980, o país sofreu uma estagnação da economia, o caos no Brasil; essa paralisação com a falta de investimentos, suscitou a insuficiência na geração de energia elétrica, a degradação das condições sanitárias, o estado lastimável das rodovias devido a falta de manutenção e a ineficiência portuária, esses dois últimos elevou o custo do transporte, reduzindo sua competitividade. Neste tempo, é válido ressaltar que a inflação estava alta e incontrolável e a economia fechada. Após o ano de 2000, houve então um novo crescimento da economia com sua abertura para o comércio exterior e o quadro econômico sofreu novas mudanças que favoreceram a economia nacional, porém a taxa de crescimento do PIB nunca mais foi a mesma que a do período até a década de 80. Pode-se ressaltar, que isso é evidenciado pela falta de investimento em infraestrutura de transportes que caminha em paralelo com o desenvolvimento econômico como pôde-se observar em cada época vivenciada no Brasil, necessitou-se de um planejamento de integração entre os meios de transporte, implantação de um ou mais modais e aperfeiçoamento de outros existentes.

sábado, 9 de outubro de 2010

A história do transporte e do desenvolvimento econômico do Brasil

No período que estende de 1880 a 1930, conhecido como ciclo primário exportador, a economia era fundamentada como exportador de produtos primários, constituindo um arquipélago de economias regionais e nesse contexto há uma extraordinária expansão das atividades de transporte e comunicações em função da economia, destacando-se as atividades ferroviárias, que dava suporte as exportações, sendo promovidos pelo governo através de vários incentivos, e pela navegação, cuja evolução da frota mercante foi bem menos expressiva uma vez que o tráfego de longo curso utiliza-se navios estrangeiros, enquanto a união cabia o transporte fluvial, lacustre e de cabotagem.
O período de 1930 a 1980 divide-se em duas fases: a primeira fase caracteriza-se pela transição entre uma economia de exportação para uma industrializada, enquanto a segunda, evidencia a industrialização já consolidada. Destacam-se, inicialmente, a crise do comércio internacional após a depressão de 1929 e o deslocamento efetivo do comando mundial da Inglaterra para os Estados Unidos. Diante da crise, evento que marcaria profundamente mudanças estruturais no país, o governo adotou uma série de medidas que conduziu ao intervencionismo, à centralização e ao fechamento da economia, criando as pré-condições para a industrialização. Porém a infra-estrutura de transporte volta, para a exportação passou a constituir um entrave ao desenvolvimento do país. O transporte rodoviário passou a ser visto como a solução para escoar e atender o mercado interno, principalmente, com a estagnação da navegação de cabotagem devido a 2a Guerra Mundial. Foi a partir do pós-guerra que a economia brasileira acelerou seu crescimento em função da industrialização, destacando o apoio do governo que montou todo um arcabouço institucional e de infra-estrutura para dar suporte à industrialização. Constata-se a redução da participação do capital privado e o aumento das empresas estatais além da disponibilidade de recursos institucionais para à construção e a conservação da infra-estrutura rodoviária.
No período que vai de 1980 a 2004 destaca-se a estagnação e a abertura da economia. As conseqüências da crise do petróleo de 1973 acarretaram perdas das funcionalidades estatais gerando fortes desequilíbrios sociais, principalmente no Brasil. Sucederam-se várias privatizações com o intuito de criar condições para que as forças do mercado operassem. Nos anos 90, a abertura do mercado nacional provocou sérios impactos sobre o setor produtivo, devido ao despreparo das empresas brasileiras frentes as empresas estrangeiras. A implantação do Plano Real surge para tentar estabilizar a moeda frente a ameaça de hiperinflação. Destaca-se a ênfase recorrente nas políticas de estabilização de curto prazo diminuindo a importância do planejamento ao longo prazo, das estratégias de crescimento e da formulação de políticas públicas consistência para a infra-estrutura.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Desenvolvimento da infra-estrutura nacional: Uma análise abragente.

O desenvolvimento da infra-estrutura brasileira deu-se de diferentes maneiras no decorrer do tempo, de modo que é possível explicitá-la em períodos, estes que acompanham, de certa forma, a necessidade nacional. Além disso nota-se que o crescimento do Pib relaciona-se com o investimento em infraestrutura que na maior parte das vezes se deu de maneira proporcional.
Observa-se que no Brasil, em 1880, devido a um processo imigratório e a necessidade eminente de ligar de maneira eficiente a ocupação do território com o transporte de mercadorias para exportação, ocorreram maciços investimentos no setor de infra-estrutura. Os anos foram passando e foi se observando uma constância nesses investimentos, mas após o período da segunda grande guerra, o que ocorreu de fato, é que a necessidade de industrialização de nossa econômia levou nossso país a investir mais no setor de infraestrutura e transporte visando principalmente a circulação interna de veículos e pessoas, além disso os governos dessa época se preucupavam em projetar o Brasil para um futuro promissor. Pouco tempo depois vieram os regimes militares estes que ao investir nesse setor, buscavam dar ênfase a soberania nacional integrando o país de norte a sul e de leste a oeste, obras de grande impacto podem ser citadas como a trans-amazônica e o aeroporto Eduardo Gomes (que se observa pela estrutura densa de concreto a existência, não só de um grande aeroporto, mas de um refúgio anti-aéreo visto que a população amazônica daquela época não demandava um aeroporto de tamanhas dimensões).
O tempo foi passando e veio a crise do petróleo, que mostrou não só apenas o "monopólio" de boa parte das reservas como a grande dependência humana do "ouro-negro", essa crise contribuiu para deslocar o alvo dos investimentos nacionais para saúde e educação. Acompanhado de um ascedente programa chamado "pró-álcool", a crise do petróleo também nos revelou a necessidade por fontes energéticas alternativas. Observa-se que nos dias atuais os investimentos deveriam ser maiores uma vez que o Pib nacional é imensamente maior do que o de anos anteriores e a necessidade também. Além disso observa-se uma independência do fator distância para a logística dos transportes e isso implica que uma boa distribuição da infraestrutura ocasionará um desenvolvimento onde quer que seja. Tem-se um cenário mundial que preza pelo desenvolvimento consciente, este por sua vez, necessita ser alimentado por estruturas de transporte cada vez mais eficientes e bem estruturadas.

sábado, 2 de outubro de 2010

Infra-estrutura no Brasil: contexto atual e histórico

Do ponto de vista econômico, hoje temos condições de realizar grandes investimentos em infra-estrutura, pois alé de recursos disponíveis, temos uma demanda crescente de produção, após duas décadas de estagnação econômica. É preciso realizar estudo sérios e comprometimento por parte das instituições públicas e privadas, de forma a promover e reestruturação da infra-estutura em nosso país, depois de anos sem investimentos, visando buscar mais alternativas econômicas.
Após cem anos de crescimento ininterrupto, devido a grandes incentivos por parte do governo para adequarmos nossa estrutura as novas necessidades(entre 1880 a 1945), e a necessidade de reconstruir o mundo após o período pós-guerra( dos anos 60 até meados de 73), tivemos grandes investimentos em infra-estrutura. Porém, após o impacto causado pela crise do petróleo, associado às baixas taxas de crescimento e elevação da inflação nos países desenvolvidos(consequentemente os subdesenvolvidos caminharam junto nesta tendência), os investimentos em infra-estrutura praticamente cessaram, resultando desta forma em endividamento e e corte nos investimentos públicos.
Além disso, a partir da década de 90, houve um abrupto processo de abertura do mercado interno(globalizaçào), gerando consequências tanto para a indústria como para o segmento das exportações: este continuou com crescente demanda, mesmo sem o devido crescimento econômico, mas se mantiveram bastante competitivas, contribuindo para compensar o baixo crescimento industrial como motor de desenvolvimento; aquele se manteve praticamente estagnado justamente pela falta de damanda(interna), e sem condições de competir com o mercado externo.
Desta forma,os investimentos em infra-estutura precisam ter novamente o investimento, porporcional ao volume de produção, para que possamos oferecer boas condições para o manuseio dos produtos, se adequando definitivamente ao mercado internacional em termos de competitividade e qualidade, visando as novas oportunidades que o país vive atualmente.