Uma boa gestão de transportes é o mínimo que se espera de um governo que deseja obter um sistema econômico promissor e um desenvolvimento acelerado e ininterrupto. Observa-se que bons investimentos e uma razoável administração desempenham o papel de agentes fixadores de infra-estrutura, esta última, que carrega as centelhas do desenvolvimento.
O governo brasileiro dividiu a ‘’responsabilidade’’ dos transportes, cabendo a ele uma parte e as demais sendo distribuídas entre estados e municípios, essa prática de desintegração, que deveria facilitar e abranger o alcance das políticas de transporte, acabaram por criar divergências e originar ‘’desorientações’’ nos investimentos, desorganizando, desse modo, todo um sistema. Além disso, vê-se que a má distribuição de recursos no setor de transporte engloba além de um descaso das políticas públicas, falta de competência técnica e possíveis conflitos partidários,que culminam afetando o desenvolvimento do país,uma vezque, tendo a malha de integração nacional comprometida os investimentos estrangeiros tendem a diminuir.
Os modais nacionais estão em níveis de desenvolvimento bem diferentes, o modal rodoviário, o mais utilizado, é o que recebe mais atenção do governo federal em detrimento de outros, como o ferroviário, que permanece no ‘’esquecimento’’ político. Quando, na realidade, o que se deveria ter era além de uma divisão de recursos mais igualitária uma maior interação dos modais existentes para que se pudesse aumentar a eficiência do sistema, atraindo, deste modo, investimentos externos.
Tem-se que lampejos de desenvolvimento ocasionado pelos investimentos em transporte são importantes, mas, é certo, que esses investimentos, em sua maioria elevados, não devem ser tomados de qualquer maneira, um estudo prévio de viabilidade é muito interessante de ser realizado, este pode mostrar além do caminho correto para o investimento o tamanho do fracasso que seria uma aplicação errônea de capital. O que se costuma utilizar para a realização destes estudos são critérios econômicos imprescindíveis como o CBA e CEA, análise custo-benefício e análise custo-efetividade respectivamente. O primeiro contabiliza monetariamente as externalidades, custos e resultados do projeto enquanto o segundo se faz essencial na análise daquilo em que não se tem, necessariamente, um valor monetário agregado como, por exemplo,um ano a mais na expectativa de vida devido a redução de acidentes de transito. Observa-se, então, que uma análise minuciosa desses critérios fará, de modo incisivo, a diferença entre o sucesso ou o fracasso, de uma determinada política ou investimento.
Muito bom.
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