segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Análise Financeira da Expansão da Transamazônica

ANÁLISE FINANCEIRA DA EXPANSÃO DA TRANSAMAZÔNICA
De acordo com o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental de Projetos de Grande Vulto (2009, DNIT), são analisados alguns critérios de forma a demonstrar as despesas e receitas que afetam o setor público geral. Assim para o nosso estudo utilizaremos somente alguns dos critérios adotados, entre eles: Gastos com implantação, gastos com operação, receita e tempo de recuperação dos custos financeiros.
Gastos com Implantação e Operação
De acordo com informações concedidas pelo Engenheiro Civil Edson Moreira Cavalcante do DNIT em relação ao EVTEA da BR-230/AM, em especial do trecho entre Lábrea e Benjamin Constant ainda está em fase inicial assim não possui dados relacionados a tal critério, logo não possui os custos de implantação e operação de determinado trecho. E em relação aos trechos estratégicos (Humaitá-Lábrea no Amazonas e Marabá-Altamira no Pará) serão calculados os custos de implantação e operação dos mesmos, em seguida da reforma e construção da rodovia até Lábrea e por último até Benjamin Constant. De Acordo com os Custos Médios Gerenciais do DNIT de Março/2015.
Para efeito de comparação com o cenário atual foi contatado o Engenheiro Schramm Gonzalez, também professor voluntário da UFAM, da empresa MCW Construções, uma empresa com experiência no ramo de implantação e pavimentação de estradas do interior do Amazonas.
Entre as atribuições adquiridas por Giovanni acerca da Pavimentação e Implantação, tem-se:
Pavimentação por km: 464.312,50
- Largura da Pista 3,50 km
- 5 cm de revestimento Asfáltico
- Pista de Rolamento 7 km
- Acostamentos de 1 m
Em relação a implantação:
Implantação (Revestimento Primário) por km: Entre R$1.800.000,00 e R$2.000.000*.
Tabela 1 – Custos Médios Gerenciais de Janeiro de 2015. Fonte: DNIT.
Para efeito de comparação foi adotado a tabela de Custos Médios Gerenciais de Janeiro de 2015:
No quesito sinalização, também baseou-se neste, o custo de sinalização por km:
Em relação aos trechos estratégicos:

Tabela 2 – Trechos Estratégicos Quilometragem e Relação Pavimentação Implantação e Pavimentação.

Sendo:
P - Pavimentado.
I - Implantado.
SP - Sinalização Precária.
No quesito sinalização, também baseou-se neste, o custo de sinalização por km:
Tabela 3 – Custo de Sinalização por km. Fonte:DNIT
No anexo A está tabelado todos os trechos da Região Norte juntamente, com suas respectivas situações. Assim resumidamente obteremos a seguinte tabela:
Tabela 4 – Custos em relação às alternativas propostas.
Apresenta-se juntamente com os custos o Coeficiente de Variação de Pearson demonstrando uma baixa sensibilidade nos dados obtidos (9,02%).
Receita e tempo de Retorno Financeiro
Para o cálculo da receita é necessário calcular a demanda futura de tráfego. Assim estudaremos o tráfego da rodovia baseando por outras duas grandes rodovias da região a BR-174 e BR-163 e trabalharemos somente com veículos de carga dos tipos A, B e H (Caminhão de 2 eixos, 3 eixos e 9 eixos) que são os mais comumente usados nessa rodovia. A seguir serão demonstradas tabelas da especificação de veículos e respectivas percentagens em relação as rodovias.
Tabela 5 – Tipos de veículos em suas respectivas siglas


Tabelas 6 e 7 – Porcentagem de Tráfego Médio BR-174 e BR-163.

Observa-se por critério de escolha e proximidade com os trechos estratégicos utilizou-se os tipos de veículos A, B e H. Tomando como análise de estradas de tipos arterial e admitindo-se somente os veículos destacados e o baixo tráfego adotou-se uma média de 500 veículos por dia (referente ao somatório do volume de tráfego da BR-174 e BR-163 no meses de março de 2016). E de acordo com o Livro Avaliação Econômica dos Projetos de Transportes de Hans A. Adler a melhora técnica da rodovia produz a cerca de R$0,24 centavos em relação as despesas veiculares. Assim:

Tabela 10 – Valor do Benefício, Período de Retorno e Fluxo de Caixa Financeiro.

Sendo:
Valor (R$) – Benefício = (Tráfego*Distância*365*0,24*(1,12^Anos de obra))
Período de Retorno financeiro (anos) = ((Fluxo do caixa financeiro/Valor do benefício) + Anos de obra).
Fluxo de caixa financeiro = (Custo de Obra (DNIT) – Valor do Benefício)

Destaca-se que os cálculos tomou-se base do aumento de 12% por ano numa escala de progressão aritmética, ressalta-se também que nesse cálculo não foi calculado as correções monetárias nem correções salariais.
Para acesso aos Tabela na íntegra dos custos médios gerenciais do DNIT. Acesse:


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