Complexidade do tráfego

Os sistemas de transportes são muito complexos por terem diversas variáveis: pessoas, mercadorias, veículos, rotas, fluidez, congestionamento, tempo gasto na locomoção entre outros. Sendo assim, é necessário que existam projetos nos quais priorizem dois importantes conceitos: acessibilidade e mobilidade. A acessibilidade para W3C (2005) é facilidade se poder ir a um determinado local, disponibilidade de algum produto, serviço ou informação, portanto, devem ser eliminadas as barreiras arquitetônicas e de comunicação para tal. Sendo mobilidade a possibilidade de se locomover, no caso das cidades, ter-se opções de modos de como se mover de um lugar para outros, seja pela disponibilidade de transportes ou por rotas alternativas para isso.

Sendo compreendidos esses conceitos, é necessário entender a complexidade que há no fluxo do tráfego.  Como é uma cadeia, quando o fluxo em um determinado local fica um caos, acaba-se interferindo nos adjacentes, um exemplo muito claro é o congestionamento em corredores críticos, pois estes têm grande extensão e interligam várias regiões importantes. Isso pode gera grandes filas de carros nas vias, pois o efeito que acontece nos carros é chamado de “ondas de choque” devido os condutores não manterem uma distância segura em relação ao veículo que está na frente, logo, quando um automóvel é freado, o motorista atrás também desacelera, e esse efeito é propagado rapidamente por toda a via. Pode- se observar essas ondas no vídeo a seguir.

Como pode-se observar, por ser um sistema, quando se interfere em uma parte dele, o efeito é alastrado pelas demais partes, tendo uma grande dimensão. Por isso a análise de um determinado local, principalmente os corredores críticos, acaba sendo mais complexa do que se imagina. Para se fazer um estudo no local, devem ser considerados vários fatores, além de se analisar quais são as externalidades, as confluências que existem, quais vias estão sendo interligadas, como a acessibilidade e mobilidade estão sendo influenciadas.