sábado, 9 de outubro de 2010

A história do transporte e do desenvolvimento econômico do Brasil

No período que estende de 1880 a 1930, conhecido como ciclo primário exportador, a economia era fundamentada como exportador de produtos primários, constituindo um arquipélago de economias regionais e nesse contexto há uma extraordinária expansão das atividades de transporte e comunicações em função da economia, destacando-se as atividades ferroviárias, que dava suporte as exportações, sendo promovidos pelo governo através de vários incentivos, e pela navegação, cuja evolução da frota mercante foi bem menos expressiva uma vez que o tráfego de longo curso utiliza-se navios estrangeiros, enquanto a união cabia o transporte fluvial, lacustre e de cabotagem.
O período de 1930 a 1980 divide-se em duas fases: a primeira fase caracteriza-se pela transição entre uma economia de exportação para uma industrializada, enquanto a segunda, evidencia a industrialização já consolidada. Destacam-se, inicialmente, a crise do comércio internacional após a depressão de 1929 e o deslocamento efetivo do comando mundial da Inglaterra para os Estados Unidos. Diante da crise, evento que marcaria profundamente mudanças estruturais no país, o governo adotou uma série de medidas que conduziu ao intervencionismo, à centralização e ao fechamento da economia, criando as pré-condições para a industrialização. Porém a infra-estrutura de transporte volta, para a exportação passou a constituir um entrave ao desenvolvimento do país. O transporte rodoviário passou a ser visto como a solução para escoar e atender o mercado interno, principalmente, com a estagnação da navegação de cabotagem devido a 2a Guerra Mundial. Foi a partir do pós-guerra que a economia brasileira acelerou seu crescimento em função da industrialização, destacando o apoio do governo que montou todo um arcabouço institucional e de infra-estrutura para dar suporte à industrialização. Constata-se a redução da participação do capital privado e o aumento das empresas estatais além da disponibilidade de recursos institucionais para à construção e a conservação da infra-estrutura rodoviária.
No período que vai de 1980 a 2004 destaca-se a estagnação e a abertura da economia. As conseqüências da crise do petróleo de 1973 acarretaram perdas das funcionalidades estatais gerando fortes desequilíbrios sociais, principalmente no Brasil. Sucederam-se várias privatizações com o intuito de criar condições para que as forças do mercado operassem. Nos anos 90, a abertura do mercado nacional provocou sérios impactos sobre o setor produtivo, devido ao despreparo das empresas brasileiras frentes as empresas estrangeiras. A implantação do Plano Real surge para tentar estabilizar a moeda frente a ameaça de hiperinflação. Destaca-se a ênfase recorrente nas políticas de estabilização de curto prazo diminuindo a importância do planejamento ao longo prazo, das estratégias de crescimento e da formulação de políticas públicas consistência para a infra-estrutura.

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