A
BR-174 somente pelo fato de estar dentro da maior floresta equatorial do mundo
já se torna difícil de ser comparada, o que pode ser feito é uma combinação de
diversos fatores que já se comprovaram eficientes tanto dentro do território
amazônico quanto em outros locais do Brasil e do mundo, podendo ser explorados
nessa região.
A
topografia do trecho Manaus-Presidente Figueiredo apresenta-se muito irregular
o que gera trechos com inclinações consideráveis. Outra caraterística da região
é a mata densa, tonando as curvas ainda mais perigosas em alguns trechos.
Tais
característica podem ser encontradas em alguns trechos da BR-101 (Figura 03),
também longitudinal que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e é
considerada uma das melhores rodovias do Nordeste. No trecho entre João
Pessoa-PB e Natal-RN, ela se apresenta totalmente duplicada, característica que
não é encontrada no trecho estudado da BR-174. Pelo seu alto fluxo relacionado
ao transporte de mercadorias e ao turismo, esse trecho da BR-101 acabou por
diminuir o gargalo que apresentava na região.
Figura
03 – Trecho entre João Pessoa e Natal.
Fonte:
DNIT (2015)
A
pavimentação utilizada nesse trecho da BR-101 foi rígida, de concreto
especificamente. Segundo Bernucci (2006), devido à elevada rigidez do
revestimento de concreto em relação às demais camadas, as cargas de superfície
são distribuídas por uma grande área em relação à área de contato
pneu-pavimento, aliviando dessa forma as tensões transmitidas às camadas
subjacentes. Com isso, esse tipo de pavimentação acaba se tornando mais
duradouro. Ele também apresenta maior capacidade de lidar com grandes
temperaturas e apresenta juntas de dilatação para poder expandir sem danificar
o concreto.
Ainda
segundo Bernucci (2006), nos pavimentos asfálticos, como os utilizados na
BR-174, a razão da rigidez do revestimento em relação às demais camadas
granulares não é tão elevada como no caso do revestimento de concreto de
cimento Portland, fazendo com que as tensões sejam compartilhadas entre as
diversas camadas, proporcionalmente à rigidez (material e geometria). Neste
caso as cargas de superfície são distribuídas numa área mais restrita.
REFERÊNCIAS
BERNUCCI,
Liedi Bariani. et al. Pavimentação asfáltica: formação básica
para engenheiros. Rio de Janeiro: PETROBRAS: ABEDA, 2006.
Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Disponível em <
http://www.dnit.gov.br/> Acesso em 20 de junho de 2015.
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