Tendo em vista que nenhum dos entrevistados conseguiu estimar a redução do tempo
de viagem que a reforma proporcionou para os usuários, os autores decidiram
estimar a redução deste tempo baseada na melhoria do asfalto baseada em
parâmetros utilizados por Pinheiro (2008).
Pinheiro (2008) baseada no estudo de
Araújo (2006) estabelece velocidades médias relacionadas a condição do pavimento
da rodovia, baseadas em uma média entre velocidades máximas admitidas para
ônibus, caminhões e veículos leves, como podemos observar no quadro 6 –
velocidades médias em função da condição da rodovia.
Quadro 6 – Velocidades médias em função da condição
da rodovia
Velocidade
média
|
Situação
do pavimento
|
80
km/h
|
Bom
|
60
km/h
|
Regular
|
40
km/h
|
Precário
|
Fonte: Pinheiro (2008).
Segundo o CNT (2010) o estado geral
existente na rodovia era ruim, estando a BR-174 no ranking das 10 piores
ligações rodoviárias do Brasil, portanto utilizaremos as velocidades médias de
40Km/h e 60Km/h para o período anterior a reforma e a velocidade média de 80
Km/h para o período posterior as reformas.
Baseado no quadro 6 – velocidades
médias em função da condição da rodovia e nos dados obtidos junto a CNT (2010),
podemos calcular o tempo necessário para percorrer o trecho, pela fórmula:
Sendo:
e:
comprimento da via
v: velocidade média da via
t: tempo necessário para percorrer a
via
O tempo necessário para percorrer o
trecho da BR-174 que liga as cidades de Manaus e Presidente Figueiredo antes da
reforma, utilizando a velocidade de 40 Km/h, era de:
O tempo necessário para percorrer o
trecho da BR-174 que liga as cidades de Manaus e Presidente Figueiredo antes da
reforma, utilizando a velocidade de 60 Km/h, era de:
E o tempo necessário para percorrer o
trecho da BR-174 que liga as cidades de Manaus e Presidente Figueiredo depois
da reforma é de:
Portanto se pode observar uma possível
redução no tempo total de viagem neste trecho de 50% na primeira situação e 25%
na segunda situação, devido a revitalização da rodovia.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO,
Maria da Piedade. Infra-estrutura de transporte e desenvolvimento regional: uma
abordagem de equilíbrio geral inter-regional. Tese (Doutorado). Piracicaba:
ESALQ/USP, 2006.
Pinheiro, Ana
Maria Guerra Seráfico. Infraestrutura de
transporte e desenvolvimento regional sustentável: um estudo sobre o Arranjo
Produtivo Local de Fruticultura do Nordeste Paraense. Tese (Doutorado).
Belém: UFPA,2008.
CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DO TRASNPORTE (CNT). Pesquisas
CNT de rodovias 2010. Disponível em:
<http://pesquisarodovias.cnt.org.br/Downloads/Edicoes//2010/Informa%C3%A7%C3%B5es%20para%20Imprensa/Informa%C3%A7%C3%B5es%20para%20Imprensa.pdf>.
Acesso em: 30 de julho de 2015.