Amazonianarede - Assessoria
Manaus - A capacidade de navegação do rio Napo, na Amazônia equatoriana, precisa ser melhorada para acelerar a conclusão de um dos maiores projetos de eixo de integração de infraestrutura na América do Sul: o corredor fluvial e rodoviário que ligará Manaus ao porto de Manta, no oeste equatoriano. A obra, um dos desafios do próximo presidente equatoriano, que será eleito no dia 17 de fevereiro, está com 70% em andamento, segundo informou a Opera Mundi o secretário-técnico do ministério coordenador de produção, emprego e competitividade, Ruben Morán.
A expectativa do governo equatoriano, além de incrementar o comércio regional, é oferecer uma rota alternativa ao canal do Panamá, visando principalmente ao comércio com a Ásia. "Este é um projeto simbólico do nosso governo", afirma Morán.
O novo caminho permitirá reduzir tempo e custos no transporte. Uma viagem de navio para a China ou para a Coréia, estima o secretário, poderá ser 15 dias mais curta com a implantação do eixo multimodal Manta-Manaus.
O corredor parte do porto de Manta avança por rodovias até as margens do rio Napo, na Amazônia, de onde partirão as embarcações passando por Colômbia, Peru e Brasil, até encontrar o rio Amazonas. O projeto é composto de um complexo de estruturas, como portos, aeroportos, rodovias, galpões de armazenamento de mercadorias e estudos para melhorar a navegabilidade dos rios, que vão custar cerca de 10 bilhões de dólares, de acordo com o secretário. A maior parte do dinheiro será investida em estradas.
O porto de Manta passa por reformas para melhoria da estrutura, que incluem a construção de novos pátios. Até o fim deste ano o governo equatoriano pretende encontrar um operador internacional para o porto. Na mesma região estão sendo feitas ampliações na pista do aeroporto General Eloy Alfaro, em Manta, para que possam descer voos de grande capacidade. "Obviamente que esta carga pode redistribuir-se a nível nacional, se forem para consumidores locais, ou também utilizar o eixo multimodal para chegar ao Brasil".
Mil quilômetros de rodovias vão cortar a cordilheira dos Andes para ligar a região costeira à região Amazônica. Essa infraestrutura "ajuda num encadeamento produtivo de vários setores, não somente para o transporte de carga, mas para o desenvolvimento de centros logísticos de distribuição de mercadorias internas, o que denominamos agrocentros" e o incremento do turismo, afirma o secretário
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